Aparando arestas

domingo, 5 de julho de 2009

le marriage

Era sábado à noite.
Não tinha muito o que fazer.
Chovia forte e estava sozinha em casa.
Fui ao supermercado comprar os ingredientes para o jantar.
Estava escolhendo batatas quando, sem mais nem porquê
fui atropelada por um carrinho desgovernado.
Indignada, olhei pra trás e me deparei com o condutor.
Seus grandes olhos castanhos e a barba por fazer roubaram-me o fôlego.
Antes que pudesse dizer alguma coisa,
ele sorriu, sacou uma couve-flor de dentro da bancada,
entregou-a a mim, ajoelhou-se aos meus pés e me pediu em casamento.
Naquela noite pus um prato a mais na mesa e
antes de embarcarmos em lua-de-mel,
nos refestalamos com um delicioso buquê gratinado.

Nenhum comentário: